"NÃO" à hipocrisia.Punição ao Princípio Constitucional da Isonomia

" A História é a testemunha do passado, luz da verdade, vida da memória, mestra da vida e testemunha dos tempos antigos "

Mesmo que se pretenda fazer letra morta do Princípio da Isonomia insculpido na Constituição (artigo quinto, caput), que determina a igualdade de todos perante a Lei (na verdade não respeitada por muitos) , ninguém poderá tentar ignorar que a real e ontológica igualdade existe. Da mesma forma que nenhum ser vivente poderá negar "que o Sol não mais existe e brilha só porque o céu está nublado", pois, sobranceiro, continua o astro a refulgir.

A história registra como tendo sido homossexuais, bissexuais, (diferentes, portanto, da maioria...) entre outras grandes criaturas, geniais mesmo: Alexandre da Macedonia, Leonardo da Vinci, Galileu Galilei, Michelangelo Buonarroti, Isaac Newton, Oscar Wilde,Tchaikowski... citando apenas alguns de uma plêiade luminosa e iluminadora.Alexandre Magno, grande guerreiro, é considerado o maior dos estrátegas de todos os tempos. Lider natural, ia sempre à frente de seus exércitos guiando-os a incontáveis vitórias. Ademais, diferentemente de outros líderes guerreiros, agia, quando em teatro de guerra, de forma extremamente humana para com seus soldados e até mesmo montarias (por exemplo, se a água e a comida eram escassas, ele era último a beber e a comer - se sobrassem tais ítens).

As obras, invenções e descobertas dos demais enriqueceram, de forma inelutável a História da humanidade. Como seria o mundo agora se gênios como os que citei acima não tivessem existido?

Inteligência e gênio. Sensibilidade e coragem estavam presentes em suas vidas, cujo diapasão sempre foi o amor em toda sua intensa gama, amplidão e profundidade como deve ser entendido o maior de todos os sentires.

Preconceito de toda e qualquer espécie indica falta do entendimento maior necessário e fundamental para que se evolua verticalmente como criatura.

A História também mostra que o ser humano em nada se modificou, tanto no que se refere à sua matéria (parte física), quanto ao seu aspecto transcendental.

Por outro lado, a hipocrisia continua - livre, leve e solta - e é a forma com que se expressam os que elevam alto a bandeira da falsa moralidade.

É triste saber-se que a Santa Inquisição não acabou, pois "bruxas" e "santos" ainda são queimados em fogueiras por seguidores de falsos profetas, que religiões e seitas ainda tentam impedir o avanço da Ciência, que "guerras santas" são deflagradas todos os dias e atrocidades são cometidas não só com ações, por cidadãos que se julgam acima dos demais, como com palavras, através dos existentes meios de comunicaçõo contra as chamadas "minorias".

O ato de Pôncio Pilatos, por sua vez, volta-e-meia é repetido por aqueles que deveriam distribuir justiça e, principalmente, respeitar e defender a Constituição (v. a Decisão do STF, sobre o caso do terrorista italiano ... o "circo" já estava armado para a "decisão presidencial" previamente tomada há muito... a não ser que Lula mude de idéia - o que é salutarmente aconselhável mas altamente improvável)...
O STF, mesmo em decidindo pela extradição daquele terrorista (por favor, não o considerem "ativista"), tal "decisão", além de abrir perigoso precedente, nesse caso pretendeu fazer-nos crer ter agido simplesmentes como instituição consultiva. "Lavou as mãos" para Lula fazer o precombinado "gol"...

Outrossim, é inaceitável que o nazismo e seu estúpido e inexistente conceito de "raça pura" persevere em muitas e obtusas mentes que pregam a perseguição às chamadas "minorias" (judeus, zíngaros, prostitutas, negros e homosexuais).Não devemos jamais esquecer que a perda de mais de seis milhões de vidas faz ainda chorar a alma da humanidade.

Muitas mais vidas têm sido ceifadas diuturnamente em guerras e guerrilhas internas e externas sem motivo algum moralmente aceitável. Objetivam atingir o fugaz e humano "poder"... advindo aí o "vil metal" - adquirido com a venda de armamentos de toda a espécie.

Por outro lado, desconhecidos e distorcidos têm sido os verdadeiros ensinamentos dos Grandes Mestres. Seguidores de falsos profetas, em sua ignorância, confundem conceitos religiosos com a Ética e a Moral (?) que seus líderes tentam inutilmente repassar-lhes, mas não conseguem, pois carecem de tais predicados.Intolerância, preconceito e discriminação são suas bases, demonstração cabal de serem também destituídos dos sentimentos de humanidade e respeito para com seu próximo.

Se os que "atiram pedras" em seus semelhantes, fizessem um sincero exame de consciência, veriam que, por sua humana condição, têm suas idiossincrasias e falhas que, na maioria das vezes, não são poucas. Mantêm-nas escondidas sob a falsa aparência de pureza, considerando-se errôneamente fiéis seguidoras das palavras de Deus. Se o fôssem, lembrar-se-iam e respeitariam as palavras de Jesus:"Aquele que dentre vós não tiver pecado algum, que atire a primeira pedra".

Que cada um seja respeitado pelo que intrínsecamente é como criatura e sujeito de direitos. Não importa qual seja a cor de sua pele, sua escolha sexual, a religião que siga ou mesmo se viveu muitos anos e já adentrou a velhice...

Outrossim, que o exercício da sexualidade seja respeitado por todos os demais da maneira que alguns queiram, e que se não lhes tentem retirar o direito que lhes está garantido em nossa Lei Maior.

E MAIS: deve, sim, o Projeto de Lei 122/2006 ser aprovado - e de imediato. Já descansou por tempo demais nas prateleiras dos gabinetes dos fazedores de leis e há que punir os abusos frontais perpetrados contra os que pertencem "à diversidade humana" pelos que, indevida e abusivamente se julgam donos da verdade.Não se pode admitir ofensa, perseguição ou crime de qualquer espécie sem que haja uma reação da sociedade para punir todos os que se julgarem no (inexistente) direito de ofender os cuja cor de pele não é igual à sua, os que envelheceram, os que professam religiões diferentes, tampouco os que, por natureza - ou livre arbítrio - escolheram viver a sexualidade à sua maneira.

Não há sobre a face da Terra uma só criatura que se possa sentir no direito de prejulgar a forma de viver de seus semelhantes.