Eu os recebo a todos com a mente e a alma abertas.

A qualquer dia, a qualquer hora, os que aqui passarem, colham uma flor deste jardim de pensamentos e sentimentos - que é nosso - e sintam que somos todos iguais.

O que nos pode diferenciar, são nossas almas e ações.
Portanto. caminhemos sempre em direção à LUZ por toda a vida. Façamos, se possível, amizades e tentemos ser solidários.

A Nação Brasileira necessita, entre muitos, de educação, saúde, trabalho e respeito aos Valores e Princípios que a dignificam.

Fundamental, outrossim, é o respeito às Leis Justas e a luta pacífica pelo Justiça Social verdadeira, não a que está sendo incutida nas mentes menos preparadas.

A final, amigos leitores, sintam-se livres para comentar sinceramente sobre o que lerem, para que possamos interagir.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque































































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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Entre o Diálogo e a Bomba


"Quando se verifica discrepância entre as palavras e os atos de uma criatura, há que se estar atento, pois não se sabe qual dos dois corresponde à verdade".(mcapc)



Amigos leitores,



FERREIRA GULLAR (também “José Ribamar”, mas em nada se assemelha a seu homônimo), pois honra o Maranhão e o Brasil, é uma das mentes mais brilhantes deste país.

Intelectual, escritor, dramaturgo (entre outros) e poeta, com visão crítica, objetiva e perpendicular, discorre sobre assuntos vários e de importância, com a fluidez que as águas dos rios correm em seus leitos em direção ao mar. Hoje cedo, ao conversar com um amigo e colega, eminente advogado e engenheiro, membro do IAB como eu, indicou-me ele a leitura deste artigo de Gullar.

Ao lê-lo, constatei que sua linha de raciocínio, guardadas as diferenças, é semelhante à que mantenho em tudo o que tenho escrito sobre Lula e o Irã.

Por outro lado, a questão do armamento Brasileiro contido em grandes caixas apreendido por Israel em 2009 (e escondidas por sacos de mantimentos em um dos navios humanitários em matéria por mim postada ontem), dá respaldo às afirmações tanto de Gullar quanto às minhas, referentemente à bi polaridade política de Lula.



Resta saber se o Congresso Nacional era sabedor de tais transações. Aguardemos as respostas às minhas indagações ao aos membros daquela casa.



Reitero o que antes escrevi: Lula não é de paz. Nunca o foi. Nunca o será. Suas ações comprovam minha assertiva em artigo anterior.



Em tempo: considerando a clara exposição de Gullar e não tendo realmente um candidato que seja firme, forte, seguro e corajoso (*) , há que pensarmos seriamente em como votar , já que Dilma, por todo seu passado – e presente nem mesmo deveria ter sido indicada. Além do mais, seria apenas um fantoche manipulado por Lula e, segundo suas próprias palavras, (sic)dará continuidade à política de Lula.



Mirna Cavalcanti de Albuquerque



(*) de todos, o ‘melhorzinho’ é o Serra . Não deixo de reconhecer as várias qualidades das outras candidatas. No entanto, carece Marina de firmeza ao tomar posições. A outra senadora, tem temperamento forte e, às vezes incontrolável.



Como pode Lula afirmar que está aberto ao diálogo um regime que não tolera divergência, como o do Irã?



O atual regime do Irã é um atraso. Trata-se de uma ditadura teocrática intolerante e cruel que não permite aos cidadãos iranianos manifestar-se contra qualquer decisão do governo.



As últimas eleições, que mantiveram no poder Ahmadinejad, foram descaradamente fraudadas e todas as manifestações populares de protesto, brutalmente reprimidas por tropas militares, sendo seus líderes, presos e condenados à morte.



Às vésperas da visita de Lula a Teerã, cinco deles haviam sido executados. O fanatismo religioso e o ódio aos discordantes é de tal ordem que os cega, a ponto de negarem, perante o mundo, fatos históricos incontestáveis como o massacre de judeus nos campos de concentração nazistas e a destruição das Torres Gêmeas.



Tamanha insensatez e intolerância, que beiram o ridículo, resultaram no isolamento do Irã, mesmo no Oriente Médio. Não obstante tudo isso, o presidente Lula tomou a iniciativa de romper esse isolamento e oferecer seu apoio fraternal ao governo de Ahmadinejad.



É impossível não perguntar: mas por quê? É, sem dúvida, uma atitude surpreendente, difícil de entender. Vejam bem: o Brasil não tem nem nunca teve vinculações estreitas, de qualquer tipo, com o Irã. Não há nenhum objetivo, seja político, seja comercial, que justifique arrostarmos com tamanho desgaste ao apadrinhar um regime repressor e movido pelo fanatismo.



Pior ainda: o apadrinhamento de Lula a Ahmadinejad implica a tentativa de justificar o projeto iraniano de fabricar armas atômicas, contrariando assim o Tratado de Não Proliferação, de que, como o Brasil, é signatário.



Lula faz que não vê, mas não pode ignorar as artimanhas do regime iraniano para escapar à fiscalização da Comissão de Energia Atômica, fingindo disposição de dialogar quando, de fato, tudo o que pretende é ganhar tempo e dar prosseguimento a seu projeto nuclear militar.



Assim foi que, diante de uma nação brasileira perplexa, Lula promoveu um encontro em Teerã com o presidente iraniano e o premiê da Turquia para produzir um suposto acordo que mostrasse a boa vontade do Irã em resolver o impasse.



Mal o assinaram (nele, o Irã prometia entregar 1.200 kg de urânio para serem enriquecidos na Turquia), um porta-voz iraniano declarava que o país continuaria a enriquecer urânio em suas centrífugas. Que sentido tinha então aquele acordo, se o objetivo era o Irã desistir de enriquecer urânio e assim inviabilizar a construção da bomba?



Sabe-se que o próprio Lula se surpreendeu com essa declaração do governo iraniano, mas, de novo, fechou os olhos e insistiu em avalizar as boas intenções do Irã, enquanto criticava os membros do Conselho de Segurança da ONU, que se dispunham a impor-lhe sanções.



Mas isso é coisa sabida e debatida. Difícil é entender por que Lula tomou essa posição, arvorando-se em defensor de um regime antidemocrático e ideologicamente primário, comprometendo desse modo o prestígio de nossa diplomacia, por todos respeitada, graças ao equilíbrio e isenção com que sempre atuou.



Como pode Lula afirmar que está aberto ao diálogo um regime fundamentalista que não tolera divergências? Todas as tentativas de entendimento com o Irã, promovidas pela ONU, fracassaram. Mas, Lula, sempre tão esperto, quando se trata de Ahmadinejad, faz-se de tolo, confia em tudo o que ele diz. Custa crer.



Chego a pensar que a explicação esteja em certas declarações suas, como aquela em que negou aos Estados Unidos e à Rússia autoridade para impedir que o Irã fabrique armas atômicas, uma vez que ambos possuem arsenais nucleares.





Com isso, desautorizou o Tratado de Não Proliferação e admitiu implicitamente que qualquer país -inclusive o Brasil- tem o direito de fazer a bomba. Seria essa sua verdadeira intenção, embora nossa Constituição o proíba? Talvez não.



Mas, no Fórum Mundial de Aliança das Civilizações, ao afirmar que o Brasil deseja um mundo sem armas nucleares, voltou a defender a tese, como se não fazer a bomba fosse uma concessão do Irã. E insistiu na necessidade de se preservar a paz no Oriente Médio.



Mas não é o Irã que promete pôr fim ao Estado de Israel? Pretende fazê-lo pelo diálogo?





PS – os negritos, coloquei-os eu, Mirna.





(o artigo de Gullar saiu na Folha de S. Paulo)



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