Eu os recebo a todos com a mente e a alma abertas.

A qualquer dia, a qualquer hora, os que aqui passarem, colham uma flor deste jardim de pensamentos e sentimentos - que é nosso - e sintam que somos todos iguais.

O que nos pode diferenciar, são nossas almas e ações.
Portanto. caminhemos sempre em direção à LUZ por toda a vida. Façamos, se possível, amizades e tentemos ser solidários.

A Nação Brasileira necessita, entre muitos, de educação, saúde, trabalho e respeito aos Valores e Princípios que a dignificam.

Fundamental, outrossim, é o respeito às Leis Justas e a luta pacífica pelo Justiça Social verdadeira, não a que está sendo incutida nas mentes menos preparadas.

A final, amigos leitores, sintam-se livres para comentar sinceramente sobre o que lerem, para que possamos interagir.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque































































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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Deus, Ela e a Natureza

"O mar é sempre o mesmo desde o Início de Tudo. Todavia, apresenta-se conforme Netuno, O Senhor dos Mares, determina. "Em sendo uno, pode ser muitos, mas suas águas são ainda as Primoridais: as que deram início à VIDA!" MC






                                                                                                                                                          "A conexão existente entre o Ser e a Natureza, a esta, aquele integra"MC






Morava em frente ao mar (uma de seus maiores paixões), o qual muito apreciava admirar.


De alma sensível, desde pequena acostumada a viver em meio ao belo e sentir a Natureza, nada lhe escapava aos olhos sem que deixasse antes de sua alma tocar e, com a câmera fotográfica tinha o dom de registrar a magia dos momentos. Cada um deles era novo, especial, diferente: encantamento que eternizado, se quedava para lembrar aos olhos o que seu Ser havia captado através dos sentidos todos.


Em uma dessas manhãs de Dezembro, antes mesmo que o Sol se mostrasse e seu rosto acariciasse, levantou-se feliz, sem motivo algum aparente; talvez, apenas por sentir- viva - e saber-se ’gente’!


Abriu as cortinas de seu quarto de par em par, e agradeceu a Deus pela magnífica paisagem que se espraiava à sua frente todo o dia (sendo a mesma, era sempre diferente)! O quadro natural mudava conforme o dia e suas horas. Se havia Sol, se chovia, se estava quente ou frio... Se estava o mar encapelado ou calmo... Se ventava ou se o vento se fazia ausente... Se era manhã, tarde ou noite... Se o Sol brilhava ou se nuvens impertinentes toldavam-lhe o fulgor para impedir fosse ele visto... Ou se a Lua refulgia no azul noite sobranceira (pois que cheia)... Ou se o satélite argênteo não se mostrava em sua plenitude e as estrelas todas mais brilhantes ainda tremeluziam, pois não havia a Dama da Noite para ofuscar-lhes a presença... ou... tantas as variáveis... mesmo incontáveis .


O fato é que tudo dependia se Noite, se Dia... E nessa inconstância da Mãe Natureza, a beleza sempre se fazia presente e alegrava os olhos: a fonte na qual sua alma, com abundância, abeberava-se.


Fechou os olhos e guardou a mutante imagem na alma, ’revendo-a’ em completo encantamento.

Quando a suave brisa, por Éolo (*) se tornou vento forte, abriu seus olhos e viu o poder do vento: estava a movimentar as nuvens no céu agora tingido com profundo, denso cinzento.


Sua imaginação ainda fértil e sonhadora como a de uma pura criança, criou nuvens- dançarinas: ballet único, cuja coreografia se desenvolvia, deslisava suavemente no firmamento : parecia ter sido ensaiada previamente... O Senhor dos Ventos (agora maestro), regia a orquestra invisível - mas sensível - que dele dependia para seguir os compassos no ritmo certo e ao libreto obedecer e belas e diversas imagens até mesmo surreais formar.


Inspirou profunda e pausadamente o oxigênio com o cheiro gostoso de mar. Reiteradas vezes, inalava e exalava o vital alimento dos pulmões.


Dentro de poucos minutos, o cérebro entrou em espécie de êxtase e ela pensou estar sendo soerguida, pois sentia sua massa corpórea como se a levitar : quanta PAZ! Alma e corpo em harmonia perfeita!


Cerrou os olhos uma vez mais e sua mente a conduzia, sem que precisasse pensar, por mundos oníricos -mas reais, que não saberia descrever, tampouco o que consigo ocorria, teria como descrevever precisamente. Há sentimentos para os quais a Razão não encontra explicação, a Lógica não vê solução...


O vento, a acariciar-lhe a face com o toque suave de pétalas de aveludadas rosas, tingia-o com as cores dos sonhos.


Os longos cabelos, sentia-os soltos, libertos, para trás, sem seu rosado rosto tocar. O vento... Ah! O vento os erguia e os mantinha no ar, como se estivem a planar: horizontalmente ondulavam, como as gaivotas acima de sua cabeça.


Abriu então os olhos: vibração inusitada da alma com os sentidos. Extasiada continuou a olhar... Em tempo que não soube precisar, diluiu-se-lhe o Ser por inteiro no quadro natural que estava a mirar. Era como o ’texto’ inserido perfeitamente no ’contexto’ daquele precioso momento de sua vida.


Em silêncio de prece, agradeceu ao Criador por todas as bênçãos com as quais tem sido agraciada - e aos seus - durante Sua Jornada. Sim.Tem sim, sofrido. Tem também tido muitas alegrias e risos.


Como Filha de Deus, cresceu sempre iluminada por anjos à sua volta empunhando tochas que lhe clareavam a Estrada. E assim tem sempre sido quando, pelas Esferas Celestes todas, tem estado a caminhar.


Ajoelhou-se.


Rogou ao Senhor pela Humanidade, da qual ainda faz parte, pedindo-Lhe a faça entender a necessidade extrema de afastar do Mundo o Mal: há que pensar nos demais: há urgência em mudar. Só Ele tem o Poder de isto fazer.                                                                                            Ela já esgotou quase todas as suas possibilidades e é pouco o tempo que lhe resta para algo tão grandioso tentar fazer ocorrer. Sabe - e são óbvias suas limitações, mas jamais desistirá de seus sonhos.


É apenas humana, nem anjo chegou a ser. É pequena. Ante a Vontade do Pai Celestial curva-se humilde e respeitosamente. Sua Fé é sempre crescente e com o perpassar do tempo, compassadamente ao mesmo mais ainda fortalecida, aquece-lhe a alma.


Como um indispensavel ritual, agradece-Lhe em silêncio e pensa sempre ao abrir os verdes olhos ao amanhecer:


"Mais um dia para viver! Fazer algo de bom para seus irmãos, sonhar, ser feliz e amar!"


















Rio de Janeiro, 27 de Dezembro de 2010, às 23:21 hs.


















(*) [Do lat. "Aeolu": Rei dos Ventos.] Sm.Poét. "Vento forte"













NOTA:                                                                                                                                                            ver tb: http://www.talentos.wiki.br/post.php?origem=P&id=37741

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