Eu os recebo a todos com a mente e a alma abertas.

A qualquer dia, a qualquer hora, os que aqui passarem, colham uma flor deste jardim de pensamentos e sentimentos - que é nosso - e sintam que somos todos iguais.

O que nos pode diferenciar, são nossas almas e ações.
Portanto. caminhemos sempre em direção à LUZ por toda a vida. Façamos, se possível, amizades e tentemos ser solidários.

A Nação Brasileira necessita, entre muitos, de educação, saúde, trabalho e respeito aos Valores e Princípios que a dignificam.

Fundamental, outrossim, é o respeito às Leis Justas e a luta pacífica pelo Justiça Social verdadeira, não a que está sendo incutida nas mentes menos preparadas.

A final, amigos leitores, sintam-se livres para comentar sinceramente sobre o que lerem, para que possamos interagir.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque































































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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Saúde: há solução. Onde a vontade política?




“Retrocedo de época em época até a mais remota antigüidade, mas não percebo nada que se assemelhe ao que está sob meus olhos. Como o passado deixou de lançar sua luz sobre o futuro, a mente humana vagueia nas trevas."(A.Tocqueville)




Quando Alexis de Tocqueville assim se expressou, em 1835 ao publicar “A Democracia na América”, referia-se aos Estados Unidos da América do Norte.


No entanto, o trecho que transcrevi supra, além de atual, pode ser aplicado no que se refere à situação em que se encontra a República Federativa do Brasil.


Princípios e Valores parecem ter sido soterrados. A cada dia mais um escândalo espouca. A corrupção campeia livre, leve e solta. Crimes perpetrados por figuras públicas são perdoados...


Outrossim, estamos a viver, em pleno século XXI, um revival do velho oeste : tiros, balas perdidas, assassinatos de pessoas dignas que combatem a corrupção... nosso Direito de ir e vir, cerceado pela inércia ou/e ineficiência dos órgãos que deveriam garantir nossas vidas.
É triste reconhecer, mas estamos, sim, a vaguear nas trevas.


Tudo o que vejo à minha volta, mostra-me o descaso das autoridades competentes para com a Nação (leia-se ‘povo’).


Não desconsidero as ‘políticas bolsistas’. Todavia, deveria ela ter balizamentos e esses serem respeitados. Porém o que vivenciamos é assistencialismo e tem sido usado com fins- tudo leva a crer- meramente eleitoreiros.


Quer-se trabalho. A Assistência Social deveria ser prestada durante o tempo necessário para ajudar a quem dela precise, consoante se infere de seu próprio conceito.


O descalabro da Saúde


Ontem, (13 de agosto) um programa de televisão mostrou o despautério do Estado para com a Saúde.


O que assisti encheu-me mais ainda de indignação. Pessoas doentes, necessitadas de atendimento, de tratamento, de internamento, sem tratamento algum – e até “mal-tratadas”.


Como aceitar tal desumanidade e manter-me silente? Como não registrar o que assisti: a falta de respeito frontal à dignidade do ser humano? Idosos, crianças, até recém-nascidos esperando para serem atendidos – e sofrendo?(*)


Se calada me mantivesse, seria conivente com as autoridades que só fazem é falar, prometer e não cumprir. Há um claro divisor de águas: antes das eleições e depois das mesmas. Antes, tudo prometem. Depois, o quadro muda: “não era bem assim, a conjuntura mundial mudou, os demais países estão pior, aqui é só ‘marolinha’, sou contra a CPMF, mas tem que haver dinheiro”, etc.


Fazem-se de tontos. Tanto assim é que agora querem mais dinheiro para a Saúde. Tenham a Santa Paciência!


A própria presidenta manifesta-se contra a volta da CPMF (**). Mas “precisa obter fontes de custeio da mesma”. Com todo o respeito que merece pelo cargo que ocupa, parece-me estar fazendo o papel de Pilatos: assim fica bem com o povo e com seus companheiros. Ora, soa-me falsa sua afirmação, pois a fonte de custeio se encontra nas burras do Estado, que é cheia com os dinheiros recolhidos de impostos escorchantes. Há que deixar de haver saque às mesmas .


CPMF ( ou outro imposto qualquer a ser criado ou majorado com o objetivo de custear a Saúde)


Nunca, na verdade, nos esclareceram sobre o real destino da vultosa soma recolhida durante os anos todos da CPMF. Nunca soubemos QUANTO foi recolhido, QUAIS as unidades da Federação e seus hospitais todos que foram beneficiados... NENHUM relatório saiu elencando os hospitais e QUANTO cada um deles recebeu – isso não sai em jornal algum de grande circulação. E que eu saiba, nem mesmo no Diário Oficial.


Repito: agora querem mais dinheiro. Pensam nos eventos desportivos que se avizinham – para esses há verba, pois favorecerá o turismo, etc. Para a vida de seus cidadãos e/ou habitantes, não há.


“A Saúde é Dever do Estado e Direito do Cidadão”, determina a Constituição do Estado Brasileiro: são meras palavras, sem consistência real qualquer que seja.


Cabe indagar: “Que garantia de altura constitucional é essa, na qual os representantes dos entes estatais coisa alguma garantem?”


Pessoas de todas as idades, em filas intermináveis de hospitais, às quais chegam de madrugada ou mesmo na noite anterior para conseguir senhas - e muitas voltam para casa sem serem atendidas; que garantia é essa se grávidas perdem seus filhos, pois não há leitos e são orientadas a deambular de um hospital para outro? Que garantia é essa, na qual velhinhos com as cabecinhas brancas não têm sequer onde sentar-se e também , ao final de exaustiva e desnecessária espera, voltam ‘pelo mesmo caminho que vieram’?


Que garantia é essa?


Princípio da Igualdade

Com todo o respeito que merece a senhora genitora de nossa presidenta, se ela, quando passou mal, tivesse que ser atendida em algum desses hospitais – sem que soubessem de quem se tratava: a mãe de Dona Dilma – o seria? Estaria tão bem como agora está (Graças a Deus!). Sabemos que a resposta é negativa.
Assim, há inegável preconceito – proibido também pela Constituição. Mas há  sim, castas neste nosso país.


Mais um Princípio Constitucional posto por terra, como têm sido tantos. Lembro, por oportuno, do Princípio que protege os aposentados e pensionistas do RGPS da defasagem de seus já parcos proventos; da garantia de vida; do salário-mínimo (que é mínimo mesmo - tão mínimo- que deixa a descoberto a maioria dos itens elencados na Lei Maior )


Solução


Como que quem critica deve apresentar solução, apresento-lhes a minha. É simples (não simplista). Não precisam os responsáveis pelas áreas governamentais específicas ‘quebrarem suas cabeças’ em busca de soluções outras. Têm todos, isto sim: que deixar a ganância de lado, pensar que não são ‘elite’ alguma e passarem a viver como o faziam antes de ocuparem seus cargos.


Vejamos:


1- Sejam diminuídos drasticamente o número de ministérios desnecessários, secretarias com status de ministérios, e similares.


2 – Ministros, Secretários de Estado e demais autoridades, venham a perceber salários condizentes com a realidade brasileira (isso, aliás, deveria partir deles mesmos, como prova de patriotismo).


3 - Seja diminuído- e muito - o número de representantes do povo, bem como todas as supérfluas benesses (luxo mesmo), às quais não têm acesso o cidadão comum (não somos todos iguais?)(***)




Conclusão

Para tornar curto um longo elenco de vantagens inaceitáveis: todos os que trabalham para o Estado – em qualquer de suas esferas- em cargos representativos ou de chefias, deveriam ser tratados como os demais cidadãos o são.


A SAÚDE deveria ser totalmente estatizada e os políticos todos deveriam ser tratados nos mesmos hospitais que o povo.


Desnecessário dizer que, em sendo assim, esses hospitais viriam a ser reformados, bem equipados, seus médicos teriam salários dignos, bem como os profissionais todos de saúde.


Quanto aos remédios deveria ser gratuitos.


UTOPIA? NÃO. SONHO QUE PODE VIR A SER REALIDADE SE OS POLÍTICOS ASSIM O QUISEREM.


SE NÃO QUISEREM, ESTÁ MAIS DO QUE NA HORA DE NÓS. POVO, BUSCARMOS OUTRO TIPO DE GOVERNO.


“O poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido .Esta é a definição de ‘Democracia’.






Mirna Cavalcanti de Albuquerque


Rio de Janeiro, 14 de Agosto de 2011


(*) Nossa população está envelhecendo, é curial. Estudos demográficos o comprovam. E com a velhice, aumentam as doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde- OMS- “As doenças crônicas não transmissíveis são a maior causa de morte em todo o mundo. Em 2008, elas foram responsáveis por 36 milhões de óbitos.” Os dados fazem parte de um balanço divulgado hoje (14) e inclui informações de 193 países.


De acordo com o estudo, “as doenças cardiovasculares foram responsáveis por 48% das mortes no grupo, seguidas pelo câncer (21%), pelas doenças respiratórias crônicas (12%) e pelo diabetes (3%).”


http://www.correiodoestado.com.br/noticias/oms-doencas-cronicas-nao-transmissiveis-sao-a-maior-causa-de_124745/#.TnDetcEuCMA.twitter


(**) leiam os artigos todos que escrevi contra a CPMF


(***) Exemplo a ser seguido. Para os que desconhecem: após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha , derrotada e destruída, TODOS os cidadãos que podiam andar, arregaçaram as mangas literalmente e contribuíram para a reconstrução do país. Os de todas as profissões faziam trabalhos os mais pesados, como carregar escombros até mesmo em carrinhos de mão.


2 comentários:

Ajuricaba disse...

O (des)governo da corja vermelha conseguiu degringolar tudo o que havia nesse país. Por mais difuculdade que houvesse, os sistemas funcionavam. Agora é o caos total. Até a corrupção eles banalizaram.

mirna cavalcanti de albuquerque pinto da cunha disse...

Boa noite, amigo CACIQUE!

Desculpa-me responder-te somente hj.Sou 'nova' em blogs e às vzs.cometo enganos - como este, AJURICABA.

Teu lúcido comentário deve ser lido por todos, pois quanto mais nos referirmos ao que está errado neste país, estaremos ajudando o povo a caminhar na direção do entendimento.

Levará gerações, sei. Mas estamos a fazer o que nos cabe como cidadãos conscientes de nosso dever.

Vem, pois, amigo, abrilhantar este nosso humilde blog.

Afetuoso e fraternal abraço,
Mirna C.