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movimentos grevistas que têm espoucado de norte a sul do país. Discorre sobre o
Direito de greve e o Direito do cidadão, assim como o abuso de poder dos que,
usando o Direito de Greve, ferem os direitos outros dos cidadãos que, ao fim e
ao cabo, com seus impostos, ajudam a pagar os salários dos funcionários
estatais.
De norte a sul têm espoucado greves… Ultimamente, mais de
trinta… Muitas há que se sucedem,
substituindo seus participantes, mas algumas
categorias mantem-se em greve.
Sabemos que os trabalhadores todos têm direito a salários
dignos. Classes há, no entanto, mais sacrificadas do que outras. Entre estas a
dos professores. Pergunto, pois procede e por demais me preocupa: e onde,
e como ficam os direitos dos alunos? Qual a razão desses governos todos
– há décadas ,desconsiderarem os professores como os que constroem os alicerces
da nação? SEM RESPOSTA. Só dúvidas, indícios fortes, de querê-la manter na
ignorância. Triste isso, ainda mais que o objetivo está claro. Um povo ignorante
é massa de manobra, pode ser tangido
como gado, para curral qualquer que seja. (MC)
AnteScriptum
O direito de greve á garantido pela Constituição Federal e é
uma forma de exigir dos patrões, direitos não querem reconhecer.
Todavia, quando a greve é deflagrada por servidores
públicos, o prejudicado é o povo: justamente a população que contribui para o
pagamento do salário dos servidores,mesmo os dos grevistas vez que os impostos
exigido pelo Estado,em qualquer de suas esferas, atingem níveis escorchantes, ou seja:os mais
elevados do mundo.
Outrossim, é de lamentar-se que a educação, a saúde e a
segurança, DIREITOS dos CIDADÃOS, não têm sido assim considerados pelos
governantes. Lamente-se mais ainda que o legislador constitucional tampouco considerou
como Serviços Públicos Essenciais a Educação e a Segurança Pública. Falha essa
que dá origem aos abusos que não se podem aceitar placidamente, pois nos
prejudicam a todos.
Greves sincronizadas
Mesmo que justificado, sou
e sempre fui, contra todo e
qualquer movimento que possa vir a prejudicar, ou realmente prejudique os
demais. Refiro-me à greve dos Federais, cujos salários são bons, comparados aos
dos que são regidos pela CLT. Alguns mesmo, recebem mais de R$10.000.00
mensais.
A operação tartaruga da Polícia Federal, na terça-feira (7),
segue comprometendo os serviços prestados pelo órgão, como emissão de novos
passaportes e a fiscalização feita pela nas regiões de fronteira. E o que causa
preocupação: os quase 800 km de fronteira entre Mato Grosso e a Bolívia estão
praticamente “livres” de vigias.
Como não podia deixar de ser, a greve tem causado
transtornos para os que têm que viajar de avião. Perdem horas em filas, vôos de
conexão, negócios e até mesmo consultas médicas marcadas há meses… Houve casos
de transplantes de órgãos que não ocorreram, ou seja: vidas deixaram de ser
salvas.
A Polícia Rodoviária Federal, por sua vez, distribuiu na
ponte Rio Niterói, panfletos de papel couché, cujo custo é elevado, para
desculpar-se pelo transtorno causado…
Aceitas as desculpas, no entanto, advogados houve que
perderam audiências e certamente, se não as causas por eles patrocinadas,
muitas foram prejudicadas, procrastinando seu andamento. Ao fim e ao cabo,
nesses poucos exemplos mencionados, prejuízos houve; E muitos.
Reconheço o valor desses policiais. Reconheço o serviço
prestado, mas a verdade é que seus
salários (por eles considerados baixos) estão muito além dos pagos para a
maioria do povo brasileiro, cujo salário mínimo tem base aproximada de R$
700.00. Muitos dos federais percebem
salários iniciais acima de R$7.000.00... Aliás: qual é o mínimo de um Policial
Federal?
Pode um simples trabalhador fazer greve por maiores
salários?
Pode e as categorias as fazem, tanto assim é que têm pipocado
mais de três dezenas das mesmas Brasil afora e sempre causado transtorno para a
população.
Entenda-se: não estou a defender seus atos - cujo resultado é
geralmente pífio... Quanto aos aposentados carecem de força, e de poder que possuem os federais. Referentemente a estes, ressalte-se : é
‘abuso’ de poder, quando prejudicam o andamento da vida comum, como têm feito
os grevistas referidos.
Volto-me para outro pólo e novamente menciono os aposentados e
pensionistas do RGPS. São exemplos de uma categoria, a de idosos, que não têm
poder para pressionar o governo. Se o tivesse, certamente teria obtido, no
mínimo, a reposição de suas perdas que já atingem quase 50%…
Este fato, por si só, comparado à reivindicação dos
federais, é o suficiente para dar respaldo à minha indignação…
GREVE, quando prejudica os demais, NÃO!
Mirna Cavalcanti de Albuquerque
Rio
de Janeiro, 17 de Agosto de 2012
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