Eu os recebo a todos com a mente e a alma abertas.

A qualquer dia, a qualquer hora, os que aqui passarem, colham uma flor deste jardim de pensamentos e sentimentos - que é nosso - e sintam que somos todos iguais.

O que nos pode diferenciar, são nossas almas e ações.
Portanto. caminhemos sempre em direção à LUZ por toda a vida. Façamos, se possível, amizades e tentemos ser solidários.

A Nação Brasileira necessita, entre muitos, de educação, saúde, trabalho e respeito aos Valores e Princípios que a dignificam.

Fundamental, outrossim, é o respeito às Leis Justas e a luta pacífica pelo Justiça Social verdadeira, não a que está sendo incutida nas mentes menos preparadas.

A final, amigos leitores, sintam-se livres para comentar sinceramente sobre o que lerem, para que possamos interagir.

Mirna Cavalcanti de Albuquerque































































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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Amados ausentes



   A água lembra gema preciosa líquida de diversas tonalidades… azul-turquesa.   





Fim de tarde. O Sol já apresentava aquele dourado envelhecido e belo. Pouco a pouco, na linha do horizonte-mar, sua luminosidade se ia diluindo…
Ela caminhava sobre a areia molhada e deixava efêmeras marcas das passadas que, no seu fluxo-refluxo, ondas caprichosas iam apagando, assim como desaparecemos todos com o perpassar do tempo.
Seus olhos  liam a pictórica paisagem. Avistou, mais acima, um coqueiral extenso, com belas redes brancas.  Gostava de ali deitar-se.


Seu andar agora era mais lento, pois a areia seca e fofa não lhe permitia ir com mais pressa – mesmo porque, não havia razão para isso…
Ao lá chegar, escolheu uma  rede que estava mais isolada das demais e nela deitou-se confortável com seus pensamentos, a olhar o azul do céu engalanado com nuvens.                      Estas eram movidas por Éolo vagarosamente, às vezes formando imagens que lhe remetiam a suaves passagens da infância passada em Porto Alegre… Quantas doces lembranças!
Agora, em Salvador, sentia saudades de tudo e de todos  a quem amara e que,  por sua vez, a ela dedicaram seu mais profundo, dedicado e amoroso afeto.  Não são ‘passado’: fazem parte de sua vida. São referências inesquecíveis e fundamentais, que guarda com carinho na memória da alma.


Neste enlevado estado de espírito, os sentimentos se sucediam variados, fugidios, incessantes… A saudade fazia-se presente e trazia consigo seus amados ausentes. Todos estavam ali, naquele hora, com ela.  Luziam-lhe os olhos em incontida alegria: revivia!…


As folhas dos altos coqueiros se movimentavam como leques, em  seu peculiar ritmo e pareciam dançar  danças antigas ao ritmo do vento… Ao tocarem-se pareciam afagar-se sensualmente umas às outras;  som agradável, verdadeiro alento…
Quanta paz sentia… naquele fim de dia… Fechou os olhos e deixou-se estar assim… na quietude de  sentir o céu acima e, perto de si, o mar sem fim …  Seus amigos, seus amores…



Mirna Cavalcanti de Albuquerque Pinto da Cunha
Rio de Janeiro, 08 de Outubro de 2012

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