As notícias do país, tirando o futebol e o carnaval, revelam a triste realidade brasileira. A corrupção campeia tanto no governo, como na sociedade (entenda-se, entre outros, grandes empreiteiras). Há ministérios desnecessários - ‘pleonásticos’ – instituídos apenas para ‘dar emprego’ (não ‘trabalho’) aos do partido que se encontra no poder e aos a ele aliados … -e com objetivo primacial o de manter-se no poder- não importa a que custo.
De ruim a pior estão os sistemas de sustentação do país e da nação: educação, saúde , segurança…
Voltamos literalmente à barbárie. De que adianta essa ‘projeção internacional’ se não há respeito ao ser humano? Se, em havendo leis, não as cumprem? Se não são penalizados seus infratores e, quando chegam a sê-lo, por mais hediondos que tenham sido os crimes perpetrados, em poucos anos – se tanto – estão novamente nas ruas para voltar a infringir essas leis? A fundamentação do que escrevo é extraída da realidade que vivenciamos. As prisões existentes não cumprem sua finalidade, pois o percentual de reincidência é alarmante.
É de lamentar-se, mas o fato procede: carecemos de legisladores , todavia sobram ‘fazedores de leis’. Aqueles, pouco ou nada podem fazer, pois seus pares - ou legislam em causa própria, ou vergam-se às necessidades e pedidos do poder central.
A vida é menosprezada mais e mais. Crimes os mais atrozes, assassinatos são cometidos todos os dias e a qualquer hora e até por adolescentes e mesmo crianças…
Indignada reafirmo uma vez mais a PREMENTE NECESSIDADE de completa reforma do Sistema Penal Brasileiro. A Lei Maior há que ser modificada por um Poder Constituinte Originário – não pelos membros do Congresso que aí está, por motivos óbvios. Aquele Poder, especialmente convocado e composto por juristas e especialistas de escol nos vários ramos do conhecimento, reveria – entre as outras reformas fundamentais- a penal.
Não busco a originalidade, contudo, preocupa-me sobremaneira, a direção que está sendo seguida pelo Estado.
Movida por esta crescente preocupação, alinho abaixo algumas idéias que, se implementadas, considerando-se não só a extensão do território nacional (8.515.767,049 km²), como seus longos 7.367 Km. de costa e profusão de ilhas, provavelmente trariam conseqüências positivas .
Deveria ser instituída a prisão perpétua para criminosos que tiram vidas de uma ou outra forma, ou mesmo cometem atrocidades como o estupro. Estes seres perniciosos não têm condições de viver em sociedade .
Quanto às prisões: agrícolas (*), pois assim, ao mesmo tempo que cumprissem suas penas, viriam a alimentar-se, em grande parte, do produto da terra que cultivassem.
Outrossim, não é justo a nação arcar com gastos vultosos para sustentar bandidos, fascínoras… Seria não só economia para os cofres do país, como – e principalmente – os trancafiados não teriam tempo para agir dentro das prisões e comandar o tráfico de drogas e ordenar matanças e outros crimes…
As penitenciárias deveriam, sim, ser humanizadas em todos os sentidos, para tentar a recuperação dos detentos. Mas… são ’prisões’ e não ‘colônias de férias’.
Mesmo em havendo a prática da homosexualidade , ‘visitas íntimas’ não deveriam ser permitidas. Telefones celulares e drogas são trazidos, em grande parte, pelos companheiros. Ademais , ‘ser’ e ‘estar preso’ é punição por ter infringido a legislação existente, não ‘bonus’…
Sabe-se há séculos: nada melhor para recuperar um ser desviado do que o trabalho. Assim, profissões diversas deveriam ser ensinadas aos detentos. Precisa-se de técnicos de toda a sorte: bombeiros, eletricistas, marceneiros…
A surreal ‘bolsa prisão’ – de quase mil reais, deveria ser extinta, já que há ‘bolsas’ outras, sendo distribuídas há mais de dez anos… Não gosto de classificar, qualificar – ou o que seja, mas é um despautério. Ainda mais se a tal ’bolsa’ for comparada ao parco valor do salário mínimo , que não chega a setecentos reais…
ACORDA, BRASIL!!!
(*) Não nos ‘moldes‘ que já tivemos há algumas décadas (não deu certo) – como o que temos agora, tampouco é positivo.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque Rio de Janeiro, 06 de Junho de 2012
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