Neste lindo e maravilhoso domingo, 27 Março de 2011, recebi um e-mail que fez com que desenvolvesse um pensamento que tem estado há muito a preocupar-me.
Ainda há gente que, de forma errada, tem preconceitos mais do que tolos, de que após alguns- ou muitos anos a mais de vida, as criaturas COISA ALGUMA podem fazer e tentam enterrar- ou desterrar, metaforicamente falando: psicológica, moral, intelctual e sentimentalmente aqueles aos quais a vida deu a chance de viverem um pouco mais tempo do que aos demais.
Na realidade, essa é atitude mesquinha, que se está alastrando como erva daninha, devido aos espíritos pequenos, egoístas e até mesmo desumanos. Esquecem-se que, se viverem também mais, chegarão à velhice e que, por sua forma de agir, serão eles não só maltratados, como de forma ainda mais cruel, pois é esse os exemplo que estão a dar a seus filhos.
Os que lerem este, por favor: repensem seus ultrapassados conceitos - se os tiverem.
A VIDA é um curto espaço de tempo que aqui passamos e devemos vivê-la da forma que nossa consciência nos orientar, dentro dos Princípios e Valores todos que são os fundamentais para que possamos realmente ser considerados Seres Humanos. Portanto, desde que não magoemos propositalmente os demais, façamos o que quisermos, para tentarmos alcançar o que consideramos seja“felicidade”, cuja busca deve ser nosso objetivo.
Não foi outro o motivo que levou os Founding Fathers (*) a escrever a expressão “Pursuit of Happiness“, como objetivo-mor do povo na Declaração de Independência dos Estados Unidos da América do Norte, há já quase três séculos.
Por outro lado, Proust escreveu:” À la récherche du Temps Perdu” (à busca do tempo perdido)… Um complementa outro. É só pensar : , fazer as sinapses pessoais, usando o cérebro, a alma, a sensibilidade e a vivência. Fácil.
Ocorre que muitos se deixam tolher - ou mesmo prender por hipócritas e humanas convenções: o que faz percam chances de serem felizes- nem que por momentos.
Autenticidade, dignidade, sinceridade, objetividade, devem fazer parte dos que pretendem SER. Os que carecem dessas qualidades, jamais serão criaturas inteiras, mas excrescências – e negativas: seres nocivos que infelizmente existem em todos os níveis da sociedade.
Combatamos esse tipo de gente com as armas do bem; afastemo-los de nosso convívio, pois são como ervas daninhas. Se, todavia for impossível isso fazer, lutemos contra esses seres das trevas com as armas acima referidas: o bem, as palavras, as leis, em busca da JUSTIÇA. Ela existe, acreditem-me, quando distribuída por verdadeiros juízes: os que enobrecem as negras togas que envergam.
Livres então daqueles outros maus cidadãos, libertemo-nos também das idéias preconceituosas, onde Valores e Princípios inexistem e, baseados justamente neles (pois os possuímos), busquemos viver de forma a fazermos a nós mesmos felizes. Procuremos a tranqüilidade de espírito, a paz de consciência, a alegria que só pode sentir um coração valente, forte e justo.
Não nos mortifiquemos por possíveis erros passados. Somos humanos e pois, passíveis de falhar. Arrependamo-nos sinceramente, mas não aceitemos acusações de quem quer que seja. A ninguém é concedido o poder de julgar-nos. Muito menos permitamos sejam além de juízes, nossos algozes.
Mantenhamo-nos firmes em nossos propósitos. Façamos o bem, defendamos nossos direitos quando necessário e jamais temamos os iníquos. Estes não se podem a nós nem mesmo ombrear: há muito perderam para nós ao chafurdarem no lamaçal em que vivem.
Portanto, amigos leitores, desenhemos a cada amanhecer um sorriso no rosto. Agradeçamos a Deus podermos fazer as coisas mais simples: ver, caminhar, comer e principalmente, ter sensibilidade para apreciar o que de belo a Natureza nos oferece e sentirmos outrossim, piedade pelos menos favorecidos e deles cuidarmos como nossos queridos irmãos .
Não há idade para sermos felizes. Ao assistir o vídeo que me foi enviado por um amigo, pus-me a pensar sobre o assunto, pois ele já se encontrava há muito tempos em minha mente.
Uma senhora, do alto de seus oitenta anos, Anie Cutler, conseguiu realizar seu sonho.
Nós também podemos: é só perseverarmos! Não nos deixarmos abater por revezes quaisquer que sejam e, alimentados pela fé, continuarmos a crer em nós, em nossas potencialidades.
A voz dessa cantora deixa a desejar a de muitos ‘cantores’ (**)- assim considerados. E, acima e além: corrobora de forma ostensivamente forte – e principalmente feliz o sentimento que me anima:
nossa vida nesta Terra só acaba quando é exalado o último suspiro e, enquanto aqui estivermo, temos o dever de procurarmos ser felizes.
Mirna Cavalcanti de Albuquerque Rio de Janeiro, 27 de Março de 2011
NOTA: Assistam o video de Anie Cutler no site: http://www.youtube.com/watch?v=8ADvp6fkMyQ
"Antes tarde do que Nunca", disse Anie Cutler, a cantora inglesa, antes de interpretar com muita alma e uma voz que dificilmente se pode ouvir em alguém que possui cordas vocais octogenárias. "No Regrets" foi a canção que escolheu e digo-lhes sinceramente: levou-me às lágrimas.
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